Ação é o funcionamento do movimento que
acontece em frente a câmera. Aceite o convite para acionar o botão dos
sentimentos líricos, orin orin e, dessa maneira, poder mergulhar na luz da
explicAção poético audiovisual do que é Ação.
Tenha aqui, ao seu Lúdico
desejo, um especial banquete de Palavrários criativos e neologísticos, além de
ferramentas e exercícios feitos para inspirar que sua redação seja escrita com
originalidade e o toque certo de ousadia para transformar seus roteiros de
ação.
Seguiremos servindo nesse post, nosso melhor banquete de conceitos e ideias sobre o que é ação, significados, aplicações e contextos de uso.
Para melhor localizar sua busca,
segue abaixo um índice, contendo os títulos e resumos de todos os tópicos que
serão abordados neste artigo.
Índice
AÇÃO - a luz da
história em movimento: capitulo
que apresenta uma explanação sobre o que potencialmente significa dizer, falar,
fazer e usar ação para ajudá-lo na escrita de roteiros desse gênero.
AÇÃO é ou são: Destaque de 6 definições possíveis do
que é o conceito de Ação.
Ação é a alma do
negócio de contar histórias: pequena
mostra de como se pode trabalhar com ideias de roteiros de ação.
Existe regra
para redigir cenas de ação? confira
os ingredientes estruturais para compor uma cena de ação.
Uma história sobre as bases
das estruturas básicas de se criar um roteiro - um apanhado geral sobre os
princípios básicos para se criar e redigir um roteiro.
Estrutura de
roteiro #1: O Monomito
da Jornada do herói - apresentamos um resumo sobre um dos conceitos mais
utilizados em hollywood, criado pelo antropólogo Joseph Campbell.
Estrutura de
roteiro #2: Os 12 passos da
Jornada do Herói (ou o memorando de Vogler ) - o clássico resumo do monomito,
repensado por Joseph Vogler.
Então, pense bem
antes de RedeAgir seu roteiro:
inspire-se com alguns pensadores e poetas que já disseram algo sobre o que é
ação.
Estude os
comportamentos das ações: alguns
conceitos, características e arquétipos que podem ajudar na composição
psicológica de sua personagem heroi.
translineação: a.ção
Fonética: aˈsɐ̃w̃
actio, onis, ação:
substantivo feminino;
geradora de movimentos.
Falar de ação em roteiro é dar dinâmica aos elementos presentes em cena. Em outros termos, significa fornecer luz à vida dos elementos que compõem a história. Isso envolve:
• Humanos atuantes/coadjuvantes/figurantes e seus totens;
• criaturas e suas biológicas biografias (composição física,
lógica da magia envolvida, estrutura, origens);
• diálogos/monólogos;
• coisas e suas substâncias;
• objetos com suas utilidades e inutilidades;
• cenários e seus espaços a serem
preenchidos/invadidos/ocupados.
Além do que for necessário
para pôr tudo a girar na roda vida da história a ser rodada em telas brilhantes
e retângulas, projetada em lençóis estendidos, no papel impresso, no painel de
LED, nas sinapses nervosas dos acontecimentos que sucedem na cabeça de quem
pensa em criar ação.
Ação é ou são
1. a unidade básica
do roteiro que faz o mover/movir/movimentar serem palavras verbos de vivo
sentido de vida, capazes de transformarem as dores em sequência de atos. Dessa
maneira, pode-se pensar que a ação é também a menor partícula cinemática,
possuidora de função ‘movecular', competente em gerar mobilidade a qualquer
ideia no papel. Nesse sentido ação pode ser vista como uma partícula que move
de criativas formas os átomos constitutivos de cada matéria ou elemento
presentes no roteiro para compor a cena;
2. ato soberano do
movir, portanto, representa o estado de movimentação plena, seja o movimento
físico de personagens, descrição ambiental, transmissão detalhada de trilha
sonora e sons, além da dar mobilidade ao infinito acervo de elementos
imagéticos usufruídos para servir a experiência fílmica/audiovisual do público;
3. materialização
'tramática', força propulsora que impulsiona e ipulxona o puxão da
paixão do fio do desenrolar, costurando o tecido da história pensada e
planejada para acontecer na prática do coser da trama do tecido audiovisual, de
cozer os ingredientes - artificiais, sintéticos e maturais - e assar, grelhar,
fritar, refogar entre outros processos de cozimento dos pratos sabores da ação.
Existem em outros tantos tecidos estendidos na mesa que serve a refeiAção,
diversos jeitos de se realizar a contAção;
4. palavras
'redacionadas' do roteiro, transpostas do papel de maneira inspiradora e
colocadas na ponta da língua da lente das câmeras, para serem oticamente
verbalizadas em cena. Palavras ditas, 'reDitas', 'repeDitas' escritas como
falas saídas do bico da boca da caneta que fala, do grafite do lápis que
rabisca os gestos e comportamentos presente na forma do corpo das personagens,
dizendo o que precisa ser dito para ser ação, mesmo que não emita o som de
nenhuma palavra; calar em cena também é ação;
5. gênero que
desenrola a visão narrativa sob a armação estrutural do drama, fazendo projetar
a luz de histórias de entretenimento, oferecendo ao público experienciAções
realizadas através de cenas arrojadas, envolvidas de fortes incidências de
luzes que desenham o perigo eminente aos personagens;
6. o pulo, o salto
alto da mina badass, a explosão da massa do musculo e das ferragens do caminhão
colidindo contra o carro, o enganar do esgueirar do herói, a escapada
sensacional da heroína, o capotamento carpado da moto, a espetacular pirueta da
dança luta de facas, a força shakespeariana dos brutamontes em pleno combate
corpo a corpo que acontece em terra, mar, ar ou no infinito espaço, a
poorradeira de inteligentes punhos e solas de pé na cara, o soco na teta entre
as protagonistas, o TEBEIFE! ESCATAPIMBA! ONOMATOPEICAMENTE sincronizados no
ritmo da ação, a pintura da dança coreografada das lutas orientais, a potente
poética das porradas e sarrafadas nas duas faces, a música das pancadas
ressoadas nos estalar de ossos esmigalhados, o mingau de corpos vilanescos
espatifados no chão ou ou arremessado na parede da sala, a verdadeira mentirada
real que acontece tão bem diante dos olhos do espectador que contempla com
globos oculares e cérebros ligadões as dinâmicas movimentadoras presentes nas
histórias de ações.
Ação é a alma do negócio de contar
histórias
Ação é essa palavra que traz
consigo o criativo sentido animador de fornecer Movimento. Nesse sentido, todos
os elementos imaginados, presentes na narrativa, possuem alma, portanto,
precisam do seu propósito sopro de vida de Ação prá animar a história.
O diretor George Miller elevou
a gradação da luz do gênero ação ao nível Mad Max, fundando a visceral
apocalíptica forma de contar histórias de ação em plena perseguição - ou
perseguição em plena ação - deixando fãs no mundo todo impressionados, Happy
Feet da vida com a façanha de elevar o gênero a anos luz, alcançando Aliens e
outros passageiros, colados a poltrona enquanto acompanham a furiosa narrativa
através da estrada.
Yes, Baby, a ação de Miller
deixou todos feitos porquinhos atrapalhados, conseguindo fazer o movimento
acelerado, transcender o estado vigente do que se sabia ser filmes de ação.
George é também um encantado
pela ação vista no cinema, tanto que chega afirmar que quem faz filme de ação e
capaz de filmar qualquer gênero, mesmo até um um filme de terror-humor como As
Bruxas de Eastwick.
Em entrevista por ocasião do
lançamento do seu filme, Mad Max - Estrada da Fúria, Miiller disse:
"cinema é uma linguagem comparativamente nova; tem pouco mais de 100 anos de existência. E, como tudo que é novo, cresce e se desenvolve e ganha complexidade aos poucos. Mas o filme de ação, e em especial o filme de perseguição, é o fundamento da sua gramática, a forma que consegue atravessar de maneira mais plena as diferenças de época, cultura, idioma." - George Miller
Se há na cena movimentAção acontecendo em
frente a câmera, então é nítida a evidência de uma força; e que a força esteja
com você para começar a compreender a mágica que move as histórias.
A resistência contra-ataca, faz a Manifestação da força agir
sobre outra coisa ou ser vivente que está como personagem.
A ação é essa terminologia usufruída para dar explicAção ao
que faz o movimento da história funcionar.
Ação é agente (se estiver na Matrix, corra) e faz ligAção com
seus efeitos. Toda ação gera uma reação igual ou contrária. Sendo causa ou
consequências, se mobiliza a história, então deixa acontecer naturalmente a
itanna iluminAção.
Existe regra para se redigir cenas de ação
O que existe é uma estrutura
básica, que te serve como alicerce fundamental para sua livre forma criativa de
escrever a ação em cena.
Trata-se de de um padrão
inspirador, guia para ajudar a conduzi-lo pelas rotas, escapismos e movimentos
que você decidir (ou que a história pedir) seguir em frente, adiante com a
ação.
Segue assim os ingredientes
estruturais de uma cena de ação:
#01 Objetivo:
Estão ou são claramente apresentados desde as primeiras cenas da história
Talvez a
heroína/protagonista não saiba, mas o malvado vilão já está começando a
arquitetar seu plano.
Em Duro de Matar, o
policial John MacLaine está
de chapéu atolado, indo resmungando para participar como convidado na festa de
final de ano na empresa que Holly Gennero (sua
ex-esposa) trabalha.
Holly e John, ambos estão P*
da vida um com o outro, numa rusga de ex-casal, brigados e malqueridos, mal
sabendo que o vilão Hans Gruber e
seus capangas estão invadindo como penetras, começando a dinamitar o prédio do Nakatomi Plaza,
local/cenário onde tudo vai acontecer. Vai ser mesmo uma festança de
"arragaçar" muitas tretas, traumas e explosões.
Ação é poder de decisão. Seja seu poder único ou compartilhado em coautoria, portanto, use com responsabilidade para decidir o que e quem estará presente na trama e, consequentemente, tão claro como a luz de uma explosão cinematográfica, estas presenças devem ser organizadas levando em consideração o quando, onde, porque, com qual intensidade, ordem lá estarão os quem é as coisas que escolheu estarem.
Tudo costurado e bem amarrado com linguagem, poesia, narrativa e poder
de despertar interesse no público.
Portando, cabe a você e seu
parceiro como redatores que irão redacionar o roteiro de ação, escolherem o
quanto, como e em qual hierarquia de sequência o público irá saber dos
acontecimentos da trama.
Dessa forma, o espectador
passa a ser também coadjuvante na jornada como uma personagem ocular e, muitas
vezes, atuante.
#02
Obstáculos: A expressão do tesão da cena em tensões e conflitos
A Holly está tensa,
principalmente porque o vilão não pode descobrir que é esposa do desgraçado do
MacLaine.
Inclusive, no início da
trama, ela de raiva do ex-marido, usa o sobrenome de solteira, seja por conta
da cultura da empresa e aproveita isso pra jogar farpas contra John, afinal
estão prestes a se separarem.
Esse detalhe do sobrenome
vai ser importante para que Holly engane o vilão, para que não descubra que ela
tem relação com MacLaine, ajudando a salvar o couro dela mesma e do ex-marido,
que a essa altura - literalmente falando, pois está nas entranhas do alto
prédio e conotativamente dizendo, devido ao ponto em que a trama e MacLaine
estão - já está nos bastidores, na surdina, tentando arruinar com os planos dos
bandidos.
Serão descobertos? É questão
de tempo, causa, efeito? E quando forem pegos pelos miseráveis bandidos, o que
será de ambos e de todos ali no prédio? É muita tensão e tesão acompanhar essa
eletrizante ação.
Enquanto gênero narrativo,
ação possui como um dos seus objetivos ofertar ao espectador aquela boa dose de
"Caninha Eita Lasqueira", bebida elementar feita da mistura de
ingredientes como:
A - extrato de
emoção, o sumo suco da erva de
medo que te espreme na ponta da poltrona do cinema, te faz se agarrar nos
braços do sofá e te leva a se embolorar nos lençóis da cama.
B - a
afrodisíaca fruta de excitação,
tendo na polpa uma rica quantidade de adrenalina.
Esses sentimentos de medo,
excitação e adrenalina, presentes nessa metafórica "Caninha Eita
Lasqueira" é definida pelos americanos como thrill, palavra que
consequentemente - como uma boa sequência de ação - deriva o termo thriller,
usado para descrever filmes de ação que te deixam embriagados de nervosismo
e pontapontismo em assento o tempo todo, pelo tempo que
durar a história.
O ministério dos gêneros
narrativos adverte, tomar muita Caninha Eita Lasqueira pode te elevar a ficar
viciado em filmes de ação.
#03 Tensão: A
corda da linha tênue da ação está num cabo de guerra
De um lado, a personagem
herói/heroína puxando com a força e ferramentas que tiverem a mão, e do outro,
em força contrária (na desproporção ou proporção que preferir) o vilão, vilão e/ou
circunstancias da trama repuxam, deixando a corda da tensão da ação sempre
esticadamente esgarçada.
A cada puxada de ambos
lados, as fibras das tiras tramáticas da tensão da ação arrebentam um pouco
mais, podendo ficar por um fio, até arrebentar de vez no momento certo para a
história.
#04 Conflito: É
um empurra-empurra narrativo danado
Vilão, circunstancias e personagem se entre empurram, cada qual do seu lado, formando uma prensa em que no meio existe o conflito sendo esmagadoramente escrito, prestes a estourar com a força da compressão.
Nas palavras de Robert McKee - roteirista e autor do
livro Story: substância, estrutura, estilo e
os princípios da escrita de roteiro.
"em uma história, nada se move para frente se não for através de conflito”
A complexidade da nossa vida
também está presente no seu roteiro de ação. E essa complexidade pode ser, em
primeira análise, categorizada em três tipos diferentes de conflitos:
O conflito
interno
Onde a treta da trama desse drama ação é com o protagonista e seu ser interno, ele mesmo contra si, ela mesma contra si, suas angustias, dilemas, tomadas de decisão a serem feitas, engolidas, cuspidas, até entornar o pote da conflitualidade.
É que nem Freud poderia
explicar, mas seu roteiro sim, tentará mostrar respostas, perguntas e debates
entre esse combate dual da mesma pessoa.
Conflito pessoal
Agora o combate - físico,
mental, técnico ou simbólico - é entre o protagonista e outra personagem
secundária.
Conflito extra
pessoal
O alvo nesse tipo de conflito se presentifica na estrutura da luta entre o protagonista e uma empresa, corporação, sistema, coisa ou algo não-humano, sobrenatural, da natureza, transcendental, divino.
Aqui a estrutura contra a qual a personagem
luta, pode assumir papel de personagem, tal é a sua importância e força PR na
tramAção.
O conflito presente em ação
é debatido com boas arguições de porrada, chutes, voadoras no peito, chute na
canela, explosões e outras estrondosas cenas golpes e acrobacias de gente e
objetos - ou os dois ao mesmo tempo.
Certo momento, vilão está
por cima, ferrando o herói, ameaçando reféns, mocinha, mocinho, criança
indefesa ou mesmo o próprio couro do herói.
Acontece uma pequena virada,
e quem está com a vantagem, agora, nesse momento é o herói. Um trunfo, que pode
durar o quanto o roteiro pedir, até o final da história.
E de plot em plot,
preenche-se o bom papo argumento da ação, desencadeando sequencias de pequenos
acontecimentos, um depois do outro, costurando a trama, armando o próximo
peteleco na fileira de peças chaves, criando a reação em cadeia, envolvendo
efeitos-especiais, violência ou trabalho de dublês.
Mas conflito também envolve
diálogos em palavras mesmo. Frases acidas tacadas entre vilão e herói, entre vítima
e bandido, entre qualquer um que estiver envolvido e fizer sentido usar a
comunicação - verbal ou não verbal - para mandar alguma coisa para o espaço ou
no meio do centro daquele lugar.
Em Matrix, Neo está por um
fio, tendo os braços do agente engravatados em seu pescoço, agarrados,
enforcando enquanto o foco da luta está dando a vantagem para Smith, que
cochicha as últimas palavras para o "Senhor Anderson", antes do trem
que se aproxima atropelo ambos e mate apenas um.
Mas no clímax dessa tensão sobre os trilhos, o escolhido se desvencilha de Smith, é minutos antes de esmagar o agente contra o teto do túnel do metrô, diz sonora e estrondosamente: o meu nome é Neo.
Uma etapa que antecede a sequência de sua morte e re
Nascimento como o One, isto é, o escolhido.
E para que o conflito tenha
sustância, coerência e sentido, tem alguns ingredientes disponíveis que podem
ser usados, explorados a serviço do seu roteiro. Anota ai e faça sua própria
receita:
Qual a Função
dessa cena
São demais ter explosão,
demolições, fraturas, porradaria, etc. Porém, pergunte-se sobre a relevância e
proposito de se usar esses dispositivos visuais que dão adrenalina e emoção.
Imagine que a sua receita de
ação seja fazer um bolo de ação. Você não vai querer que ele fique solado,
murcho ou massudo porque exagerou demais num ingrediente ou deixou de adicionar
outro.
Mesmo em ação, equilíbrium é
tudo, até mesmo em ações cuja a linguagem seja exagerada.
Aprecie o caso de Carga
Explosiva. Para além de gostos individuais, é surpreendente ver como o exagero
e extrapolações da ação, funcionam como manda o propósito do roteiro escrito
por Luc Besson e Robert Mark Kamen.
Dentre tantos elementos, a
história de Carga Explosiva pede que o carro do protagonista seja um
objeto-personagem, com físicas próprias a realidade do filme.
Ver o carro fazer aquelas
acrobacias impossíveis de se acontecer *em um dia normal na vida real de
acidentes automotivos é a boa mentirada que alimenta a inteligência
experiencial de nossos queridos escapismos cinematográficos.
*isso fica pra debate,
afinal uma rápida busca nos YouTube, por acidentes de trânsito bizarros, pode
ser bom argumento para saber o quão o imprevisível pode ser só o improvável
acontecendo diante das câmeras de segurança da estrada.
Qual é o nível
de Realidade das suas cenas de ação?
Tem mentiradas boas e
perfeitamente aceitáveis, pois você deixou bem claro qual é a lógica que
funciona nessa sua obra.
Se os carros no seu filme
parecem ter amortecedores de adamantium ou vibranium, e isso foi perfeitamente
proposital e funcionam, no problems, vai veloz, vai furioso nessa pegada.
Saiba bem o quanto seu
roteiro se leva a sério e o quanto leva a sério não se levar a sério. Mas se
errar o tom, aí você terá de pagar pavê o tiozão do churrasco fazer feio na
catástrofe que poderá ser seu espetáculo em tela.
E você e seu roteiro correm
risco de nem serem a piada ruim que vira cult assistir.
Agora, se você perceber que
vai faltar orçamento para efeitos especiais, e seu monstro vai parecer um
boneco tosco, aí é pensar melhor - quem viu O Escorpião Rei, viveu para ver
essa má decisão na pratica.
A poesia do cinema chinês
[vide tópico mais abaixo], é elemento narrativo que permita personagens voarem,
quebrando lei da gravidade, pois é assim que a imaginação nessas obras funciona,
seja nos filmes do Jack Chan ou no clássico e premiado O Tigre e o Dragão.
Seus personagens
são especialistas em quê?
Se for um mestre em artes marciais, qual é o estilo e qual seu nível de domínio? Pertence a algum clã das adagas voadoras?
É exímio com tecnologia, estamos falando de uma verdadeiro
hacker, cracker nos paranauês de invadir o computador do pentágono, roubar do
sistema financeiro?
Vilões, protagonistas e coadjuvantes, pense bem nas habilidades que dará a cada uma das suas personagens.
Vale muita pesquisa sobre essas áreas de conhecimento estudos de
casos reais, artigos, teses, relatos, etc. Use esses domínios como peças e
elementos da sua historiAção.
Diferencie as
habilidades das personagens
Vilão e herói são especialistas em pancadaria? Que tal vilão ser melhor com as pernas e herói ainda melhor com os punhos?
A luta final entre os dois levará ambos a usarem o
máximo dessas suas habilidades, sejam elas brutais, mentais ou a misturas das
duas.
Diferencie
também a estrutura física e corporal das personagens
Um é mais brutamontes, porem lento. E é a agilidade do outro que derrubará esse seu adversário.
Seja qual
for o contraste que deixará evidenciado, faça com que os personagens sejam
conscientes de suas limitações e habilidades, ao menos em algum nível, pois há
história que a personagem pode estar numa jornada e treinar até descobrir
forças e poderes que não tinha ideia.
O que a sua
heroína ou herói tem a perder?
A filha sequestrada? O pai desaparecido, que acabou de encontrar, mas está nas garras do vilão? A amiga? Os reféns? A fortuna? O status?
Vale a pena perder e esfolar o couro para
salvar a vida dessas outras pessoas?
Escreva frases
direto e reto
Redija seu roteiro de ação como quem escreve um poema em linha reta do Fernando Pessoa, com dizeres curtos, frases mais diretas. Isso ajuda a levar sua história de ação adiante, para frente, com dinamismo.
E se for quebrar essa "regra", seja
habilidoso. Lembre-se, a história tem que funcionar.
#05 Desastre:
Agora é tarde demais, a ação espanou totalmente para seu momento limite
A corda arrebentou, as
paredes caíram, a explosão tornou tudo destroços e diante da consequência do
desastre, só resta à personagem partir para o arrebento final.
Acenda a Ascenção de
criativas ideias e atente-se para perceber: Se a cena pede pulsAção e vontade
de se mover, então existe disposição para agir; e a continuAção prossegue sendo
atividade, energia, movimento.
Passados os obstáculos, tensão, conflito e desastre, a cena de ação dá sequência as cenas de reAção, que se trata das sequelas causadas pela estrutura da ação inicial.
Nesse
sentido, segue a estrutura insPIRAracional - ou paváriamente manay dizendo,
InsPIRAracional - para redacionar sua sequência de consequências, a reaAção
inerente a ação:
#06 Reflexão:
parando pra a personagem pensar melhor
Depois de ter quase se
estrepado todo. Após o sacrifício do amigo. Quando viu seu mestre morrer na sua
frente. Aquelas palavras ditas pela coadjuvante, a dura do chefe...
Na sequência dos fatos
ocorridos, esse é o momento em que a personagem reflete, pensa sobre a vida,
verdade, universo e como tudo isso quebrou seu espirito, levando-o raciocinar,
elucubrar sobre tudo que o trouxe até aqui.
#07 Dilema: ou
isto ou aquilo
Em ação, dois aproveito não
cabem num saco só. A hora de decidir é agora. A personagem chegou numa
encruzilhada, a vida pra ele nessa história se bifurcou, gerou uma verdadeira
Yggdrasil, com diversos galhos de caminhos e possibilidades para seguir em frente
ou voltar dois passos para trás para avançar.
#08 Decisão: a
escolha da personagem foi feita
Dentre tantas possibilidades
de trajetos, rotas e percursos, o personagem escolheu tal caminho e, caminhante
na dinâmica da ação, essa foi a escolha que julgou menos pior.
Uma história sobre as bases das estruturas
básicas de se criar um roteiro
Falar de regras em roteiro
ou em qualquer campo de área criativa, dá sempre a impressão de que se está
levando um chute na canela, impedindo que sintamos que sejamos o craque
artilheiro do campeonato que faz firula, quando que é só fazer gol que ganha o
jogo e se pode levar o caneco do campeonato.
Em se tratando de criação de
roteiro, regras existem e é conhecendo-as muito bem que se encontra a chance
possibilidade de se quebrá-las, criativamente, a serviço da história que se
redaciona o desejo de contar.
Graças a definição dos
manuais de roteiro, foi possível criativar para reescrever que:
Ação descreve a função do
movimento no fazer da história, perseguindo (sempre em prefixo de extremAção)
sentido, significado e linguagem.
Personagens, objetos e
cenários são também o que fazem parte da PersonAção, objetAção e cenariAção e o
que mais ser merecedor da sufixAção neologística, defronte a lente criativa.
AÇÃO DIRETA –
roteiro com juízo obedece ao senhor tempo
O roteiro obedece a ordem
cronológica do movimento do tempo pensado para a história. São ordens diretas,
acatadas para criar o desencadeamento de eventos tramáticos na história.
A ação direta, gera
entrelaçamento mobilizante das linhas narrativas. Siga (ou seja, criativamente
rebelde) as mandatórias instruções da ação do tempo.
AÇÃO DRAMÁTICA –
o movimento da história carregado de sentidos
O acúmulo de vontades da
Personagem, o trasbordamento da tomada de decisão, a urgência inadiável da
mudança, tudo isso, nesses elementos narrativos, são somatórias culminantes e
significam o acionamento dramático da ação.
Quem não faz drama não faz
parte do movimento da história.
Roteiro é ação feita de princípios e não
regras
O roteirista Robert Mckee,
quebra logo as pernas da definição de regras, e substitui pelo conceito de
princípios. Mackee fala que Story [história] é sobre princípios, e não regras:
“uma regra diz “você tem de fazer isso dessa maneira”. Um princípio diz “isso funciona... e vem funcionando desde o início dos tempos. A diferença é crucial. Seu trabalho não precisa ser modelado em uma peça “bem-feita”, preferivelmente, ela deve ser bem feita dentro dos princípios que moldam nossa arte. Ansiosos, autores inexperientes obedecem às regras. Escritores rebeldes, não educados, quebram as regras. Artistas tornam-se peritos na forma.” - Robert Mckee
Tudo começa no Princípio do
estudante. Nessa trajetória de criador, talvez você se encontre no início
do princípio e, ansioso por não errar, trata logo de querer seguir as regras.
A mesma ansiedade, somada
ainexperiência, podem levar a se arriscar sem causa, sem proposito.
Paciência, jovem padawan.
Trate a sua momentânea falta de trato em contar sus história, sendo como um
passageiro período a ser experienciado.
As falhas virão e, como
dizem, melhor que se descubra seu jeito de falhar o mais rápido possível, mas
não por masoquismo, e sim por aprender com as lições das inevitáveis quedas de
principiantes.
A revolução do
seu roteiro não será escrita sempre
No nível seguinte, você está pronto para estar se sentindo o revolucionário escritor de roteiros de obras incríveis, espetaculares.
Talvez seja sorte de principiante, e realmente seu
roteiro seja mesmo espetacular de primeira.
Se for o caso, aproveite o
momento e, no instante seguinte de viver a gloria, aproveite a chance de pisar
no chão e entender o que deu tão certo, o que foi que você fez.
Em vez de ficar preso a surpresa de não saber o que fez, esforce-se por saber, se conscientizar sobre os passos do seu feito bem feito.
Não para entrar em modo de reprodutibilidade
automática, porem sim, e com toda certeza, ter a dourada chance de começar
entender sobre seu estilo, linguagem.
A sorte abraça os que
constroem a oportunidade, sabendo bem as ferramentas e contextos que possuem a
sua disposição.
Evite se ater as formulas.
Desperte o interesse nos ingredientes que a formulam. A confeitaria ensina que
existem uma infinidade de tipos, sabores e qualidades de bolos, tortas, doces.
A questão é saber usar os ingredientes.
Você está pronto
para ser o Roteirista Artista caminhante?
O passo seguinte tem duração
eterna. O ser artista que se aprimora e constrói sua evolução a cada passo
criativo dado, fazendo seu caminho durante a ação de caminhar.
Os mestres artistas que
tanto reverenciamos, não eram assim desde seus princípios. Podem ter
demonstrados desde a infância os dotes que indicavam o talento que seguiriam
aprimorando. Você mesmo pode ter se identificado dessa maneira.
Contudo, entenda que talento é só uma parte do todo criativo que compõem sua ação em dedigir roteiros.
Há
tantos outros componentes, peças, conhecimentos e habilidades que podem e devem
ser incrementadas, aprendidas, praticadas, assimiladas e integradas, dando
poder e força a sua talentosa maneira de contar suas histórias.
Diante desses inícios sobre
princípios para se quebrar as regras muito bem aprendidas, agora podemos seguir
para conhecer o básico do básico sobre quais são as estruturas básicas do
roteiro, normalmente encontradas nos filmes, também nos de ação, e que são
fermentas disponíveis para você construir ou derrubar as paredes.
A arte de
esconder os andaimes
No caminho do artista, que
conhece bem as regras para poder quebra-las criativamente, é preciso fazer com
que o público assista sua obra sem perceber armação da sua estrutura.
Sabe quando o espectador,
mesmo não sendo do ramo da contação das histórias, percebe que está sendo
enganado? É isso.
Como o autor e roteirista Christopher Vogler ensina
em seu livro A Jornada do Heroi, essas estruturas e formas de se contar suas
histórias devem sim, servir como um esqueleto a ser preenchido com
os detalhes e surpresas de cada
história individual. Vogler ainda completa:
“A estrutura [da jornada do heroi] não deve chamar a atenção, nem deve ser seguida com rigidez demais. A ordem dos estágios que citamos aqui é apenas uma das variações possíveis. Alguns podem ser eliminados, outros podem ser acrescentados. Podem ser embaralhados. Nada disso faz com que percam seu poder.”
Fazer com que o publico se
envolva com a história, sem que o tecido da narrativa revele o Mágico de Oz por
detrás da cortina, operando as traquitanas, é habilidade a ser treinada.
Veja o caso de Kill Bill
(Volume I e II). Você até consegue identificar algumas das estruturas de
roteiro listadas abaixo, mas é capaz de fazer isso estudando a obra.
No momento da sua
experienciação, sentado na poltrona de casa ou do cinema, você é público alvo
da jornada de vingança de Beatrix Kiddo, a
mamba negra que irá esfaquear, escalpelar, arrancar o olhos de todas malditas
cobras da gangue que degraçaram sua vida e da sua filha, até os passos finais
para seu último grande golpe, chegando em Bill para estourar seu coração.
Joseph Campbell, criador do
conceito do monomito, aprofundou em estudos de diversas obras para formular as
12 etapas da Jornada do Herói, que logo mais abaixo serão explicados.
Campbell tem em seu arcabouço de repertórios uma formação acadêmica em biologias e matemáticas, conhecimentos que se somaram as células de seu olhar criativo, despertando um irresistível interesse pela construção dos mitos, religião e psicologia:
Elementos essenciais para ação prática de contar histórias.
Fique comigo imaginando o
pequeno Campbell, dissecando seu carrinho de fricção do filme Carros, para
tentar encontrar em suas vísceras as engrenagens de que é feito aquele
brinquedo inspirado na história.
Ao comparar os carros dos
comandos em ação, será que Campbellzinho verá peças semelhantes, funcionando de
diferentes formas?
Nesse seu desmonte das peças
fundamentais, usará das fórmulas matemáticas para revelar as matérias primas
imprescindíveis para compor roteiros de ação originais ou adaptados?
Mantenha seu olhar Campbellizado, antenado como de uma criança curiosa por levantar os panos que escondem os andaimes que esqueletam o corpo da narrativa que está sendo projetada em áudio e/ou vídeo.
A quais caminhos as plantas dos pés da jornada
do herói irão conduzi-lo?
Voltando ao monomito, dentro
de A Jornada do Herói são analisadas as auras de outras obras, que são tratadas
como objetos de pesquisa e que por meio dessa análise, vão revelando em suas
composições certas técnicas, estruturas e narrativas que fazem rima com as
encontradas em lendas, mitos e fábulas antigas.
Desde o "era uma
vez..." as aventuras do intrépido cavaleiro, é comum ver nesses clássicos
uma forma também presente nas ficções e ações modernas: o personagem passa por
transformações sequenciais, que uma a uma, levam e o elevam, até se tornar um
herói.
Ou algo que lhe valha a pena
o triunfo de uma jornada repleta de enlaces, enlaces, situações criticas e
desafios.
Aqui, está a estrutura
original formulada por Campbell, e depois resumida por Christopher Vogler. O
Esquema de divide em 3 fazes principais:
Partida,
separação
#01 - o mundo
comum:
a jornada do herói começa em
seu mundo comum.
#02 - o chamado
à aventura:
até que, recebe um chamado
para partir, rumo a uma aventura pelo desconhecido.
#03 - recusa do
chamado:
de bate pronto,
inicialmente, a personagem heroi recusa o chamado, seja por insegurança (sua ou
das pessoas que gosta) ou obrigações que o mantém preso ao seu mundo.
#04 - encontro
com o mentor:
a personagem heroi decide se
comprometer com a missão, mas antes, vai ao encontro ou é levado a se encontrar
com a figura de um mentor, artefato, objeto ou ajuda sobrenatural, capaz de
trazer à tona a coragem/força que falta.
#05 - a
travessia do primeiro limiar:
marca o momento em que a
personagem herói cruza uma fronteira para adentrar de vez o novo universo da
aventura colocada a sua frente.
#06 - Barriga da
baleia:
essa metáfora
Jonas-Gepetiana representa o rompimento final entre a personagem herói e seu
mundo original.
Descida,
iniciação
#01 - Estrada de
provas, aliados e inimigos:
durante a jornada, são
colocadas uma série de testes e provações para o enfrentamento da personagem
herói e, assim, ajudar no seu processo de transformação.
#02 - Encontro
com a deusa:
a personagem heroi recebe
itens e artefatos que irão ser de grande ajuda no futuro, normalmente das mãos
de uma figura mítica, representada aqui pela deusa.
#03 - A mulher
como tentação:
é questionável o uso da
figura da mulher como única representação de tentação, mas o objetivo aqui é
criar uma armadilha que tente o heroi a desviar de seguir pelo caminho de sua
jornada.
#04 - Sintonia
com o pai:
a figura paterna representa
algum elemento ou força que exerce poder sobre sua vida, e que leva a
personagem heroi a enfrenta-lo.
#05 - Apoteose:
um novo patamar de
compreensão é atingido com a apoteose de um ponto de realização.
#06 - A grande
conquista:
a Missão de atingir o
objetivo final foi cumprida.
Retorno
#01 - Recusa do
retorno:
ao término da experiência da
jornada, a personagem herói começa a vivenciar um momento de resistência para a
retornar ao seu mundo ordinário.
#02 - Voo
mágico:
fim da jornada, o voo marca
o retorno da personagem heroi de volta a sua vida normal.
#03 - Resgate
interior:
para conseguir
retornar, a personagem herói recebe apoio em seu regresso à sua vida
normal depois da jornada.
#04 - Travessia
do limiar de retorno:
significa a capacidade de
reter a sabedoria adquirida pelo heroi durante a viagem, um
aprendizado/habilidade que poderá se passada adiante.
#05 - Senhor de
dois mundos:
é o encontro do equilíbrio
entre os dois mundos, geralmente representada pelo mundo material e espiritual.
#06 - Liberdade
para viver:
a trajetória do heroi deixa
um legado de aprendizado e, tornando possível a perda do medo da morte e
levando uma vida de plena liberdade, ao menos nesse momento presente, do fim da
jornada.
Saiba mais:
Para você mergulhar mais nas
ideias de Campbell, aqui está o documentário "O Poder do Mito" que é
uma série de conversas mantidas entre Joseph Campbell e o destacado jornalista
Bill Moyers, numa brilhante combinação de sabedoria e humor.
Estrutura de roteiro #2 - os 12 passos
da Jornada do Herói
(ou o memorando de Vogler )
Memorando Vogler é
inspirado na obra original “A Practical Guide to The Hero With a
Thousand Faces” (Um Guia Prático para o Herói de Mil Faces),
e trata-se de um memorando corporativo, composto por sete páginas escrito por
Christopher Vogler com objetivo fazer um resumo aos roteiristas de
Hollywood da obra o Herói de Mil Faces, do antropólogo Joseph Campbell.
Esse documento correu o
mundo, e sua extensiva difusão contribuiu para apresentar melhor a ideia do
monomito, ou do “ciclo do herói”, metodologia que mais tarde e até hoje é
conhecida como A jornada do herói.
Basicamente o Memorando de
Vogler diz que uma história deveria seguir uma estrutura que remetesse ao
monomito.
Aqui, segue os 12 passos do Monomito
da Jornada do Herói, que é uma versão condensada das 17 etapas originais
(elencadas acima), um trabalho de adaptação realizado por Christopher Vogler em
A Jornada do Escritor, obra e autor que mais adiante, neste artigo, também
iremos tratar.
Antes, uma
recomendação
Caminhe pela jornada do
herói primeiro como um principiante aprendedor de tropeços e sortes amadoras,
depois como um aplicado estudante que faz o que a regra manda, reconhece erros
e acertos em suas ousadias e termina a trajetória para começar a jornada como
um artista, perito em ser criativo em usar, abusar e ousar da forma com
substancia e conteúdo.
Siga em frente, e trate o
monomito como ferramenta extratora de criatividade. Jamais como o monolito da
odisseia no espaço de regras rígidas que podem ser pedra no sapato da
trajetória da sua história.
#01 - o mundo
comum
Em geral, a história começa
mostrando o ambiente que está (ou se encontra) o personagem heroi.
Este cenário inicial serve a
função de mostrar ao público quem é o personagem, seu temperamento, como e com
quem ele vive entre outros indícios capazes de revelar o pouco necessário que o
público precisa saber para empatizar, seja para o bem ou para o mau.
É tipo o meme da
chamada do Globo Repórter:
Personagem tal, o que faz,
onde vive, com quem andas, o que gosta. Assista tudo isso hoje, no primeiro
passo dessa jornada o herói.
Ao mostrar a personagem
heroi em seu Mundo Comum o roteiro consegue criar um contraste nítido, antes de
adentra-lo no ambiente desconhecido da aventura.
Em outras palavras, o passo
1 do mundo comum tem objetivo de exibir a natureza ambiental do personagem,
apresentando uma breve analise SWOT - suas qualidades e defeitos, forças e
fraquezas, e outros tantos detalhes que se queira mostrar, capazes de levar o
público a encontrar pontos de identificação.
Exemplo 1: O início
do Senhor dos Anéis
O hobbit Frodo está lá, em
sua vida no condado que herdou de seu tio Bilbo Bolseiro. Tá tudo de boa na
lagoa, ou quase isso, pois a convivência com seus pares de vilarejo é
divertida, muita alegria, bebedeiras e bagunças.
Então, o velho Gandalf chega
para fazer a festa e ver como os demais personagens, também hobbits, aprontam,
pensam, são e estão.
No primeiro corte do filme o
público e convidado a estabelecer um vínculo com esses seres que, mais adiante,
irão performar aventuras e perigos ao logo da longa caminhada de levar o anel
até a montanha de lava para ser arremessado, destruindo o mal que ameaça toda
terra média.
Exemplo 2: Máquina
Mortífera
Logo na primeira parte do
filme somos abruptamente apresentados a insana mente do policial Riggs, a arma letal
que se tornará parceiro e amigo de Murtaugh.
Inclusive, a forma como os
dois se encontram, é um verdadeiro golpe. Murtaugh, que se sente velho demais,
tenta impedir um suposto bandido armado na delegacia.
O suspeito marginal reage com
golpe judô, levando o seu agressor ao chão. Até que alguém comunica: Esse aí é
seu novo parceiro de patrulha.
Pronto:
cenário, ambientes,
personagens e seus coadjuvantes são apresentados. Que comece a bagaceira desse
alucinante filme de brucutus, broderagem, tiroteio e muitas piadocas de tiozões
adrenalizados, alguns dos elementos que fazem parte da aura e essência da franquia.
#02 - o chamado
à aventura
A aventura dá seu primeiro
sinal que irá começar. Nesse passo, o chamado desperta a necessidade de o
personagem sair de sua zona de conforto, de seu estado vigente onde
inicialmente o conhecemos.
O chamado a aventura não
precisa fazer drama, ser necessariamente espetacular. A essência dessa segunda
etapa é que seja um acontecimento, situação problema que faça o personagem
encarar um desafio que obrigue a partir em direção de experimentar um estado
vigente novo.
No caso de roteiro de ação,
é #Partiu pra nova briga, bora quebrar o pau noutro lugar, peitar outros
inimigos, se arrebentar noutra confusão.
Por princípio, o
chamado a aventura está ligado, em algum nível, aspectos importantes para
a personagem.
Numa livre apropriação da
pirâmide Maslow, o que apetece o desejo desbravador do heroi pode ser no nível
de proteger e/ou manter suas necessidades básicas, a segurança de seus entes
queridos, comunidade e, dentro do seu querer, está a possibilidade de
conquistar, fortalecendo sua estima, escalando até o topo das auto realizações.
#03 - recusa do
chamado
O desafio chegou diante da
personagem e, aparece aquela natural hesitação em seguir adiante, avante a
encarar a labuta da aventura, luta, pancadaria, ao tebeife!, ao Escatapimba!
Mas, o que pode estar a
deixar a personagem ressabiada nesse terceiro passo da jornada do heroi?
Muitos motivos e o que seu criativo roteiro de ação quiser dar luz nesse momento.
Os mais comuns, é a
personagem refletir se vale a pena ou não sair de seu confortável lugar, para
topar jogar tudo pro alto e partir para o arrebento, sob o risco de se estrepar
todo e até morrer.
Existe a clássica cena da
personagem, após ter sido convocada, estar sozinha no seu lar/lugar, num
reflexivo combate interno, tentando convencer a si mesmo de que não se importa
com aquilo.
Vale a pena sair daqui, onde estou, para me entortar todo nesse caminho vergado de perigo e danação?
Mesmo
que a personagem se conforte, empilhando mil colchões de impeditivos, quando se
deita, consegue, ainda assim, sentir o incomodo do caroço desse angu, deixando
a consciência quieta.
#04 - Encontro
com o Mentor
Agora que a personagem heroi
sabe bem o que vai encarar ( ou pelo menos tem noção do perigo que está diante
de si), falta aquele sacolejo, aquele "se liga" encorajador para
tomar posse de sua missão e peitar o imbróglio.
Para esse empurrão ter força
e impacto de projetar a personagem, é preciso que tenha um encontro com um
mentor, sábio, conselheiro para fornecer o treino, ensinamento e mensagem
necessária, capaz de fornecer a luz da autoconfiança que falta.
O conceito do encontro do
Mentor também pode ser representado em um artefato mágico, peça, energia
sobrenatural, um treinamento especial, ou qualquer elemento capaz de nutrir a
personagem do que é preciso para resolver o seu conflito e aceitar o desafio.
Luke Skywalker, ao longo de
sua jornada na saga, teve como "mentores" o velho Obi Wan Kenobi, que
falou um pouco de seu pai, do império e apresentou o sabre de luz, uma elegante
arma usada pelos Jedi.
Noutro momento, conheceu
Mestre Yoda, que lhe treinou como pode nas artes Jedi, inclusive apresentando
como despertar a força. Tudo para que Luc tivesse o necessário para enfrentar
Darth Vader.
Por meio da etapa do
encontro com o mentor é importante que a personagem heroi comece a construir ou
reforçar sua autoconfiança e, dessa forma, superar medos e tomar as doses de
coragem que hidratem seu corpo e espirito para seguir para a missão.
#05 - A
travessia do primeiro limiar
Em algum lugar desconhecido pela
personagem heroi, começa o ponto de distanciamento total do mundo comum.
Seja esse lugar não
conhecido um ambiente físico, mágico, espiritual ou mental, é por aqui que se
marca o ponto de partida do início da jornada pela, ainda, desconhecida aventura.
Essa marca pode ser
simbolizada com um artefato novo, poder nunca antes visto, cidade fora mapa ou
algo que revele a personagem a completa travessia da fronteira que separa o
lugar comum e o mundo desconhecido.
É nesse momento, que a
personagem tem uma clara oportunidade de assumir seu compromisso assumido no
enfrentamento dos desafios previamente anunciados e aqueles que irão surgir de
maneira inesperada.
#06 - Provas,
aliados e inimigos
A personagem já tá com os
dois pés no peito do caminho da jornada. Durante essa trajetória, vão surgindo
emboscadas, pequenas armadilhas e desafios, que podem dar algum trabalho de
resolver, mas servem muito mais como se fosse "um treinamento do
heroi" de maneira não oficial.
No roteiro, esse passo é
importante para mostrar algumas camadas da personalidade do heroi, como é vê-lo
pondo em pratica o que sabe, o que aprendeu, seus julgamentos morais e éticos.
E, assim, é dada a
oportunidade ao público de entender a personagem, empatizar com suas dores e
metas, inclusive comprando aos poucos a ideia de que é possível chegar ao
destino final e torcer por isso.
Em meio a esses contratempos
e artimanhas, vão também aparecendo outros personagens que podem vir a ajudar,
tornando-se aliados, com objetivos que podem contribuir para chegar ao
objetivo.
#07 -
Aproximação da caverna secreta
Daqui a pouco o bicho vai
pegar feio pra nosso heroi e seus aliados enfrentarem com toda garra e coragem.
Porém, antes da bagaceira, existe o silêncio que precede o esporro.
Nessa parte do roteiro, é
colocada uma pausa, um recuo narrativo, com função preparatória para o que virá
na jornada, para refrescar as ideias, refletir sobre o tamanho e dimensão dessa
encrenca.
Seu heroi personagem pode
recorrer esse esconderijo, local seguro, qualquer ambiente livre de ameaças (ao
menos por um tempo) para iniciar uma auto busca dentro de si, provocando-lhe
uma imersão interna de seus dilemas, as questões que, ao longo de toda jornada
vão e estão rondando sua mente.
Esse momento de
"descanso reflexivo" pode acontecer literalmente numa caverna ou
algum local que proporcione esse vislumbre do todo, favorecendo o público
perceber as questões complexas da personagem, o mundo que ele adentrou.
#08 - A
aprovação
Aqui o heroi morre. É o fim
da jornada. Só que não. Na etapa de aprovação acontece o primeiro grande
desafio físico e/ou mental para personagem testar de fato suas habilidades.
O combate pode ser contra um
letal inimigo, uma poderosa força, ou um desafio contra o maior medo que nosso
heroi possui e carrega dentro de si.
Será o momento de grande
aprovação que a personagem heroi irá passar, tendo que usar todas a
habilidades, artefatos mágicos e ensinamentos que coletou durante o caminho até
aqui.
Depois da árdua luta, o
heroi vence e todo esse enfrentamento de nível cabuloso carrega consigo um
significado de transformAção, uma simbólica morte e ressurreição para uma nova
vida.
#09 - A
recompensa
Depois de um pega prá
capá desses, nosso heroi bem que merece uma recompensa. Você, nobre
roteirista, o que daria para ele como prêmio depois de ter se esforçado tanto
na primeira grande luta?
Mais atributos de força
física e/ou mágica, agregando mais poderes a suas capacidades?
Talvez o que seu heroi
precise é um reencontro emocionante com algum personagem que havia brigado,
ficado longe e que agora, por ter mostrado seu valor na batalha, tenha a
redenção que tanto desejou.
Se a aventura for em busca
de algum valor monetário, riqueza, quem sabe presentear com um objeto precioso,
um tesouro.
Imagine o que for preciso
como prêmio, esse momento de recompensa é uma metáfora para quando o heroi
finalmente ter matado o dragão, arrancado a excalibur da pedra, ter achado o
cálice sagrado.
Mas não há tempo para
comemorações prolongadas. A luta ainda não terminou. É preciso concluir de vez
a jornada, agora iniciando o caminho de volta ao início, onde tudo começou.
#10 - O caminho
de volta
Missão dada é missão
cumprida. E o heroi conseguiu isso. Cumpriu seu objetivo, enfrentou perigos,
desafios, conheceu aliados importantes, fez amizades, talvez um amor, e traz
consigo algum prêmio dessa luta vitoriosa.
Diante de tanta gloria e
destaque, pode, nesse caminho de retorno ao lar, surgir uma escolha a ser feita
pelo heroi:
"Usar essa conquista para benefício próprio, uma a realização pessoal. Ou ser altruísta, e pensar mesmo é no bem coletivo maior de outros."
Tente não pensar em termos
de "certo" e "errado", mas sim que essa etapa trata-se de
uma momento em que, toda preocupação com o perigo iminente, inimigos e ameaças
concede lugar a um legitimo sentimento de missão cumprida, de absolvição e de
perdão, ou aceitação e reconhecimento pelos demais.
E, tendo o heroi resolvido o
mal maior, é natural que ele pense no que vai fazer com o bem maior que
conquistou. A decisão é do heroi. Você é quem vai escrever.
#11 - A
ressureição
Agora lascou de vez a
aventura, a ação chegou no talo. Este é o ponto mais alto da trama, pois é o
momento em que o inimigo ressurge forte, furioso e com olhos sedentos por
vingança.
O ressurgimento do vilão,
inimigo, ameaça que se achava derrotado, agora é pior porque ameaça também toda
comunidade, pessoas amadas do heroi.
Se antes a luta aconteceu
num ambiente que causava dano ao heroi e seus aliados, agora pode atingir
inocentes, que não tem força e poder suficiente para combater o mau maior.
A luta final representa a
iminente aniquilação de tudo que o heroi mais ama. Todos podem perecer com esse
ataque.
Mas calma, o heroi aprendeu
muito nessa jornada, adquiriu conhecimento, força e sabedoria para derrotar de
vez o inimigo.
Quem sabe, como acontece em
algumas histórias, ele possa contar também com a coletivo ajuda de seu povo.
Então, o vilão ameaçador é
destruído definitivamente. Cabe a você pensar qual pode ser esse fim:
- A
morte inconteste do vilão/ameaça;
- A
redenção do vilão, renascendo para uma nova vida, totalmente transformada
para benefício de todos;
- O
aprisionamento, mantendo-o vivo, para quem sabe aparecer numa continuação.
A imaginação é sua, use-a e
faça o que for melhor para o desfecho de sua história.
Dica extra
Você já deve ter visto essa
etapa em muitas histórias. Portanto, tente construi-la de maneira a provocar
surpresa legitima em todos. Arrancar dos personagens e do público a reação de
"não esperávamos por isso", que surpresa eletrizante.
#12 - O retorno
com o elixir
Enfim, é chegada a hora do
reconhecimento do heroi. O retorno com o elixir simboliza sucesso, conquista e
efetiva mudança.
Se alguém tinha dúvidas
sobre o seu valor, capacidades e coragem este é o momento de retribuir com
perdão e orgulho. Uma transformação aconteceu, é preciso evidenciar os feitos e
conquistas que sua luta proporcionou para os outros e a si próprio.
A grande vitória do heroi marca
um ponto decisivo para sua trajetória, deixando claro a todos ao seu redor que,
a partir de agora, tudo será diferente.
Se eventualmente, havia quem
o prejudicava antes da jornada, esses serão punidos, não por vingança, mas com
justiça e por honra.
Então, recapitulando, a Jornada
do Herói, segundo Vogler resume em seu livro funciona estruturalmente da
seguinte maneira:
1. Os heróis são apresentados no MUNDO
COMUM, este lugar, ambiente, terra em que vivem, por isso, é aqui onde.
2. recebem um CHAMADO À AVENTURA.
3. Primeiro, ficam RELUTANTES OU RECUSAM O
CHAMADO, afinal a encrenca é grande, é quase natural querer ficar bem
longe desse imbróglio, mas...
4. num Encontro com o MENTOR
são encorajados a fazer a...
5. TRAVESSIA DO PRIMEIRO LIMIAR e entrar no
Mundo Especial, onde...
6. encontram TESTES, ALIADOS E
INIMIGOS.
7. Na APROXIMAÇÃO DA CAVERNA OCULTA, cruzam
um Segundo Limiar, onde...
8. enfrentam a PROVAÇÃO.
9. Ganham sua RECOMPENSA e...
10. são perseguidos no CAMINHO DE
VOLTA ao Mundo Comum.
11. Cruzam então o Terceiro Limiar,
experimentam uma RESSURREIÇÃO e são transformados pela experiência.
12. Chega então o momento do RETORNO COM O ELIXIR, a bênção ou o tesouro
que beneficia o Mundo Comum.
Agora que passamos juntos a
conhecer estrutura básica da Jornada do Heroi, é necessário ter em mente, como
já ressaltei, que esse é um esqueleto a ser preenchido por meio do seu conteúdo
criativo, servindo-se dos moldes para te inspirar a construir a sua própria
obra.
Um mergulho mais profundo na
obra do autor, irá revelar que este modelo já passou por diversas críticas e
contestações, todas acolhidas pelo autor e, quando pertinentes, tem um ou outro
detalhe modificado, enriquecendo sua função enquanto ferramenta criativa e
criadora de histórias.
“A Jornada do Herói cresce e amadurece à medida que se fazem novas experiências com sua estrutura. Mudar o sexo e as idades relativas dos arquétipos só faz com que fiquem mais interessantes, e permite que se desenrolem teias de compreensão muito mais complexas entre eles. As figuras básicas podem se combinar, ou cada uma pode se dividir em vários personagens, para mostrar diferentes aspectos da mesma ideia.” - Christopher Vogler
Mais adiante, iremos abordar
sobre o uso dos arquétipos junguianos para construção de personagens, suas
psiques e, dessa forma, preencher com mais e melhor substancia suas motivações,
desejos, medos e anseios, além é claro dos demais elementos, criaturas e
humanos presentes na sua história.
Confira também:
Escute o próprio autor
falando um pouco sobre a Jornada do Heroi por ocasião de lançamento da edição
de 25 anos de aniversário da Jornada do Heroi.
Então, pense bem antes de RedeAgir seu
roteiro
Ação é dona majoritária de
todas parcelas de capital que empreendem Movimentação narrativa. Ação é muito
além de título que representa os direitos que uma história tem de seguir para o
canto que for no ritmo necessário para a jornada perseguir seus tantos rumos.
Fernando na Pessoa do heterônimo Álvaro de Campos lançou que “pensar é estar doente dos olhos”.
Pega essa visão e permita que a cognição dos personagens/elementos/eventos
participe ativamente nas ações que movimentam a história.
O espetáculo do movimento
brilhantemente acontece diante da lente da câmera que captura, QuadroAQuadricamente a
luz que desenha frame a frame, o mover, ser e estar dos elementos dispostos a
realizar a obra.
A construção ergue-se
Através do olho óptico, onde é possível ver para crer aquilo que a sua imaginAção possibilitou
plantar e germinar:
Colher os resultados
da constatAção de agir; lembra daquilo, na linha acima,
aquilo que se faz porque se imaginou: a feitura da boa ação.
Dê sequência aos
acontecimentos na narrativa que está criando, no ritmo que a história deseja:
ação acelerada, ação lenta, ação truncada. Freud explica, “O pensamento é
o ensaio da ação”.
Então, empenhe-se em pensar
também nos pensamentos dos personagens e como toda essa pensAção aparecerá em cena.
Pensar na história é agir, portanto, agir é pensar.
Palavras são ações e agem
causando consequências na vida real e fictícia. O ato de dizer em palavras
escritas ou dizídas, nos monólogos diálogos, triálogos, eteceteramente são
também a mobilidade que a narrativa precisa para dizer movendo e mover dizendo.
E se pensar em juntar
palavra e pensamento, ação fica completamente apalavrada de pensares.
Mesmo parado, em estado de
antônimo contradição, o personagem/elemento/evento imóvel também está na e em
inércia ação.
Foi sua Antipatia que o fez
agir assim, como também poderia agir de outras antipáticas formas, se assim a
ação da cena pedisse.
Filosofe a partir do ato de
encarar os múltiplos pontos de vista de se agir e seus valores morais,
narrativos, encantadores.
A deliberação sobre a
escolha dos movimentos aplicados a obra, precede necessariamente a ação de fato
escolhida.
Estude os comportamentos das ações
Diante de tal Efeito de
personagem/elemento/evento causado por tal ação exercida sobre outra personagem/elemento/evento,
que influência esses movimentos narrativos vão provocar na ação do tempo da
história?
E nessa situAção, entenda: a
maneira como o objeto ou personagem se porta, age diante dos Acontecimentos
desencadeados.
Para o mundo da sua contAção
começar seu Ilê-Ifê, seja Obatalá e estabeleça a comunicação com o Olodumaré
para que a vontade dessa suprema divindade realize o desejo de criar toda a
àtinúdá da sua Ilê Aiyê.
Da divina narrativa que
criou o mundo em enigmáticos sete dias, as científicas teorias da evolução
darwinista, ação é o que torna incrivelmente possível a mobilizAção fazedora de
cinemáticas artes de historiAção seguirem acontecendo, tendo a lente da câmera
como testemunha, registrando cada momento desses movimentos.
Se na história for mostrar o
avanço da umidade na pintura, ou se se o drama for sobre o hipocondríaco vício
da PersonAção, que chegou ao limite de tomar todas as 100 drágeas do
antidepressivo de uma vez só, em ambos casos, tudo se sucedeu pela
deteriorAção; do tempo e medicamentos.
Aja bem fazendo a luz dos
acontecimentos, permitindo o comando dito pelo diretor criador se realizar, a
palavra mobilizadora que anuncia o início da gravAção de uma cena:
AÇÃO! A luz da história se fez quando a ação presente se faz
Fontes e outras indicações para ampliar suas ideias sobre esse Palavrário:
https://veja.abril.com.br/blog/isabela-boscov/george-miller/
http://www.roteirodecinema.com.br/manuais/vocabulario.htm
https://www.aicinema.com.br/como-fazer-um-roteiro/
Fontes e
leituras inspiradoras
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