Quem vai e vem pelas ruas de São Paulo, seja a pé, de
ônibus ou carro, e reparou em uma dessas mídias de rua (propagandas em ponto de
ônibus) pode ter cuidado da vida de alguém sem mesmo perceber.
A vida de Robson pegou muitos de surpresa. Frases banais de
seu cotidiano, sobre sua vida estavam escritas em anúncios a nos pontos de
ônibus e estações de trem.
Eu e muita gente estava doido para saber mais sobre a vida
de Robson. Os cartazes até ajudavam a quem queria stalkear, pois a única informação
além da frase era o endereço para uma Fanpage do mesmo nome.
O que imaginaram que era A Vida de Robson?
O Mateus Ferreira do canal Geek Publicitário chegou a investiga-lo
melhor e descobriu que uma empresa de ligada a área da saúde e dona de uma plataforma
chamada Mundo dos Exames havia comprado o domínio “A Vida de Robson”.
Matheus cogitou ser uma grande ação de marketing que iria falar sobre DST e AIDS. O que concordo, seria fantástico em vários sentidos, primeiro
porque faz tempo que não se faz uma grande ação publicitária sobre esse tema e
segundo, criar um personagem comum, que realiza coisas triviais como
qualquer outra pessoa poderia alertaria melhor sobres os riscos de se fazer sexo sem camisinha.
Um mote interessante. Mas, não foi nada disso.
Outra hipótese que internautas cogitaram em comentários na
fanpage do Robson era que tudo seria uma grande ação de marketing para divulgar
um curso de espanhol.
Eu não entendi bem porque, mas como dira Plabito Escobar, “una
idea Mal Parida”.
Não era nada disso também.
Não era nada disso também.
A revelação da Vida de Robson foi numa Mídia
A eis que enfim, foi revelado o segredo da Vida de Robson. Descobri
do mesmo jeito que a conheci: em um anuncio da estação de trem de Francisco
Morato.
Tudo se tratava de uma ação para divulgar a tal da mídia Out
Of Home, ou em bom português, a mídia de rua.
OOH!!!
Sim, uma Meta Propaganda: usaram #avidaderobson para fazer propaganda de
quem vende propaganda.
Associação Brasileira de Out of Home, responsável por traz
da ação, revelou que o intuito era homenagear justamente a vida real, criamos
‘a vida de Robson’. Um cara comum, que usou a mídia fora de casa, que está no
cotidiano das pessoas, para contar a sua história”.
Poxa vida, venderam a vida comum de Robson para nós, seres comuns, que todo dia somos bombardeados por mensagens publicitárias, anúncios, propagandas, reclames... tudo não passava da indústria da mídia querendo ainda mais espaço em nossa vida de atenção.
Poxa vida, venderam a vida comum de Robson para nós, seres comuns, que todo dia somos bombardeados por mensagens publicitárias, anúncios, propagandas, reclames... tudo não passava da indústria da mídia querendo ainda mais espaço em nossa vida de atenção.
Por vezes, mesmo como publicitário, desejo o fim dos comerciais chatos, interrupções em forma de anúncios que se
intrometem em nossa vida.
E o bom, (ou pior disso), é que todo mundo quis saber. Eu
também. A Vida de Robson era mesmo interessante. Valeu a pena deixa-lo entrar
em nossas vidas.
Conversando com um amigo jornalista, ele me questionou algo
interessante sobre essas mídias de rua em pontos de ônibus:
"Afinal, essas propagandas e ações feitas nas tais mídias Out
of Home são feitas para atingir quem: passageiros de ônibus ou carro entretidos
no transito ou no celular, quem está no ponto esperando ônibus ou quem está por
alí passando de bobeira?
Será que Acabou a Vida de Robson?
Será que Acabou a Vida de Robson?
Foi divertido ficar sabendo da vida de Robson. Saber que
como ele, eu e você, passamos pelas mesmas situações".
Eu, que também tenho uma coleção de canetas e lápis que
apanho por aí.
Que também, na época de faculdade, voltando quase a meia
noite para casa, passava do ponto, porque dormia no busão.
Pegamos tanta intimidade, que imagino até situações que o Robson não falou, mas que tenho certeza, que já ele viveu.
Como passar o crachá da firma na catraca do metrô e passar o Bilhete Único na catraca da firma.
Pegamos tanta intimidade, que imagino até situações que o Robson não falou, mas que tenho certeza, que já ele viveu.
Como passar o crachá da firma na catraca do metrô e passar o Bilhete Único na catraca da firma.
Uma história tão próxima da nossa, que de tão verossímil e
bem contada, fez-nos (pelo menos eu) esperarmos por um final surpreendente.
No fim das contas, era uma M. de mídia que se disfarçou de
boa história, entrou pela porta da frente da nossa curiosidade, fixou-se em
nossos corações, bem do jeito que as boas histórias que a publicidade as vezes
nos contam fazem.
Sim, sabíamos que se tratava de uma ação publicitária.
Estava lá, impressa em papel, fixada nos pontos luminosos da Ótima, empresa que
cuida das mídias dos pontos de ônibus de São Paulo.
Mas que M. de Mídia é essa que estraga nossa surpresa desse
jeito. O que será de nossas vidas sem a A vida de Robson, bem agora que ele
virou um figurão?
Agora que ele foi anunciado, em alto e bom som, eu grito:
OOH, ROBSON, APARECE!!! VOLTA.
Apelo inútil? Talvez. Exagero meu? Bem provável.
Se de pensar que, usaram a vida de Robson para GRITAR ao quatro cantos do país, que OOH, A MÍDIA DE RUA TAMBÉM É RELEVANTE.
Sem contar o fato que, se o objetivo era berrar aos quatro cantos do Brasil pra dizer que a mídia de rua tem o seu espaço, ocorreu que não faltou gente que usou e abusou da campanha, ou melhor se aproveitou da vida de Robson para se promover. Ganhar mais espaço em outras mídias:
Fazer o que, quem sai na rua é para se molhar.
Sem guarda-chuva, a gente se protege no ponto de ônibus e enquanto espera o ônibus, pode se deparar com uma mídia dessas, pronta para nos seduzir, usando nossas vidas.
Se de pensar que, usaram a vida de Robson para GRITAR ao quatro cantos do país, que OOH, A MÍDIA DE RUA TAMBÉM É RELEVANTE.
Sem contar o fato que, se o objetivo era berrar aos quatro cantos do Brasil pra dizer que a mídia de rua tem o seu espaço, ocorreu que não faltou gente que usou e abusou da campanha, ou melhor se aproveitou da vida de Robson para se promover. Ganhar mais espaço em outras mídias:
Fazer o que, quem sai na rua é para se molhar.
Sem guarda-chuva, a gente se protege no ponto de ônibus e enquanto espera o ônibus, pode se deparar com uma mídia dessas, pronta para nos seduzir, usando nossas vidas.
Quem sabe, no fim das contas, a gente percebe que nós mesmo
é que estamos levando a mesma vida Mídia que o Robson anunciava.
1 Comentários
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